BONDINHO DE SANTA TEREZA
O charmoso bondinho liga o centro da cidade ao bairro de Santa Tereza. Mas ele é muito mais que um meio de transporte, pois integra o cenário turístico carioca. A estação na Rua Lélio Gama é o local de partida do bondinho, com saídas entre 15min e 20min. O ideal para o visitante é ir até a última parada do bondinho e ir parando nas atrações na volta, já que a capacidade máxima do transporte é de 32 lugares. O passageiro pode embarcar e desembarcar quantas vezes quiser, mas fica condicionado a ter vagas disponíveis no veículo. Há duas paradas principais: Largo do Guimarães e Largo do Curvelo. Além desses, também há outros “pontos de parada”. Em seus primeiros momentos de passeio, o bondinho cruza em cima do Aqueduto Carioca, conhecido como Arco da Lapa.
Compre sua passagem aqui
Arco da Lapa
Foi construído entre 1725 e 1744, durante o período colonial, e é considerado a maior obra arquitetônica empreendida no país na época. Hoje é um dos cartões postais da cidade localizado na região boêmia da Lapa. A obra tem estilo romântico, em pedras argamassadas com 17,6 metros de altura e 270 metros de comprimento, indo do morro de santa Tereza até o convento da carmelitas, são 42 arcos duplos brancos.
O objetivo do arco era trazer água para o centro do Rio de Janeiro, a fim de transportar a água da nascente do rio carioca até o largo da carioca. Então, em 1896, o aqueduto passou a integrar a linhas de bondes da cidade. Desde essa época, a rota do bondinho é utilizada pelos cariocas e turistas para conhecer o histórico bairro de Santa Tereza. O arco está localizado na Praça Cardial Câmera, palco de shows e espetáculos. O bairro da Lapa tem vários bares e restaurantes que costumam atrair grande fluxo de cariocas e turistas.
Bairro Santa Tereza
Logo após cruzar o Arco da Lapa, o bondinho mergulha no bairro Santa Tereza, subindo o morro e passando por vários pontos pitorescos. Este bairro é único que mantém o bonde com um dos meios de transporte. Passando por várias atrações: Parque das Ruínas, Museu Chácara do Céu, Museu do Bonde, Escadaria Seralon, o mirante do rato molhado. O bairro Santa Tereza é conhecido pelas construções do século XXI e das mansões edificadas até os anos 40. No século XVIII, o bairro primeiramente era habitado pela classe média alta, quando foram construídos casarões ao estilo arquitetônico francês. A passar do tempo, o bairro Santa Tereza perdeu seu status de bairro nobre, habitam o local hoje intelectuais, artistas, políticos e acadêmicos. Os artistas possuem seus ateliês na região. As características históricas, culturais e dos moradores dão uma atmosfera especial ao bairro, passando a ser considerado o Montmartre carioca.
Reserve seu hotel no Rio de Janeiro aqui
Mirante do Rato Molhado
Retornado do bondinho, há uma parada, próxima a um supermercado e ao Mirante do Rato Molhado. É necessário fazer uma caminhada de aproximadamente 5min para chegar no ponto. É aconselhável solicitar para o condutor do bondinho a parada. Também é possível fazer o acesso de carro, mas é necessário subir uma lomba íngreme (tem estacionamento no local). O lugar tem uma bela vista da Baía da Guanabara, Baía de Niterói. O local é pouco movimentado e parece abandonado.
Largo do Guimarães
O Largo do Guimarães é uma das paradas do Bonde. Caso tenha descido na parada para o mirante do Rato Molhado, também é possível chegar nesse local com uma caminhada de aproximadamente 7min (de descida). O pitoresco largo dos Guimarães concentra diversas opções gastronômicas, bares, restaurantes, lojas de artesanato e brechós. O local é o point do bairro. A noite o clima fica alegre e divertido, o agito toma conta, artistas, turistas e cariocas se misturam. Um pequeno cinema, o Cine Santa, integra o ambiente.
Museu do Bonde
O Largo do Guimarães registra a história do bondes, sendo que, com uma caminhada de aproximadamente 5min, está o Museu do Bonde (inaugurado em 1879), que visa contar e preservar a história dos bondes do Rio (a origem da palavra bonde é do inglês bond que significa ligação) desde a metade do século XXI quando os veículos eram puxados por burros. O acervo do museu é composto por 300 peças. Os primeiros bondes brasileiros começaram a circular no Rio de Janeiro em 1859, movidos por tração animal. Em 1862, houve uma tentativa frustrada de substituir o burro por uma máquina a vapor. Já em 1892, começam a circular os primeiros bondes elétricos do Brasil e de toda América do Sul. O museu localiza-se na garagem dos bondinhos de Santa Tereza.
Reserve seus passeios no Rio de Janeiro aqui
Largo do Curvelo
A parada obrigatória seguinte é o Largo do Curvelo. Nesta parada, pode-se conhecer o Parque de Ruínas, Museu Chácara do Céu e, descendo a lomba, a Escadaria Seralon.
Parque de Ruínas
O Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas é, justamente, as ruínas do antigo palacete em que morou uma das maiores mecenas da arte do Rio de Janeiro, Laurinda Souto Lobo. Posteriormente, no período auge da casa, ela era encontro de artistas do modernismo brasileiro, com presenças ilustres como Villa Lobos e Tarsila do Amaral. Guardando conexão com sua história, o local é ponto de manifestações artísticas, teatro, galeria de exposições, palco externo, terraços panorâmicos, assim como um mirante, esses elementos compõe esse complexo cultural. O ponto mais alto do prédio em ruínas apresenta uma vista cênica da Baía da Guanabara da região do centro, da Lapa, Niterói e ponte Rio-Niterói. A vista desse local é similar ao Mirante do Rato Molhado. O local fecha nas segundas-feiras. Ao lado do parque, está o Museu Chácara do Céu, o acesso pode ser feito por dentro do próprio parque.
Museu Chácara do Céu
O Museu Chácara do Céu foi inaugurado em 1972. Posteriormente, era a antiga casa de Casto Mayer e, desde 1876, o local era conhecido como Chácara do Céu. Assim, após a demolição da antiga casa, em 1954 o prédio atual foi construído com características modernas. O museu tem exposições permanentes, bem como temporárias, além de duas salas com as mobílias originais. O acervo principal do museu é a coleção particular do empresário e mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya.
Escadaria Seralon
Escadaria Seralon, também conhecida como escadaria do Convento de Santa Tereza, oficialmente Rua Manuel Carneiro, é uma obra de arte descendo as ladeiras íngremes do morro Santa Tereza até o bairro da Lapa. A obra é do artista chileno Jorge Selaron, pintor e ceramista, iniciada em 1990. A escadaria é composta por 215 degraus, cobertos por mais de 2 mil azulejos, originários de mais de 60 países. Entre eles, 300 foram pintados pelo próprio artista, retratando a mulher africana grávida.
O local tem um grande fluxo de turistas, assim, os moradores se integram ao ambiente, mostrando o verdadeiro modo de vida carioca de ser alegre, brincalhão e descontraído. Olhando do topo, não é possível apreciar a magnitude da obra, contudo, iniciando a descida da escada, começa-se a perceber a beleza do lugar. O ideal é descer até o final. A obra também pode ser acessada por baixo, ou de carro ou a pé – está a uma distância de aproximadamente 5min caminhando do Arco da Lapa.