DESCOBRINDO OS ENCANTOS DE VENEZA
Veneza, a capital do Vêneto no nordeste da Itália, é verdadeiramente um cartão postal mundial. Esta cidade é um museu a céu aberto, uma obra-prima arquitetônica situada nas pantanosas Lagos de Veneza. Antiga capital da República de Veneza e reverenciada como Rainha do Adriático, Cidade da Água, Cidade Flutuante e Cidade dos Canais, Veneza é um Patrimônio Mundial da Humanidade que fascina com sua rica história e beleza estonteante.
A cidade é um testemunho vivo da grandiosidade do passado, repleto de palácios que exibem estilos arquitetônicos bizantinos, góticos e renascentistas. Inspirando artistas ao longo dos séculos, Veneza é coroada pela majestosa Basílica de São Marcos, adornada com mosaicos bizantinos, que se ergue junto à lendária Praça de São Marcos. A Torre do Relógio e o campanário de tijolos vermelhos oferecem vistas panorâmicas dos icônicos telhados escarlates da cidade, enquanto o imponente Palazzo Ducale, edifício dos antigos doges da República Veneziana.
Veneza se estende por 118 pequenas ilhas interligadas por mais de 400 pontes, tudo isso separado por 150 canais que tecem um intrincado labirinto. A Ponte Rialto cruza majestosamente o Grand Canal, e as ruelas estreitas convidam a passeios de gôndola, uma experiência romântica e única. Museus renomados como a Accademia, Ca’Rezzonico e Peggy Guggenheim celebram a riqueza cultural da cidade.
Além da cidade principal, as ilhas pitorescas de Murano, onde o famoso cristal é produzido, e Burano, com suas casas coloridas, são destinos que não devem ser perdidos. O célebre Carnaval de Veneza, que ocorre anualmente no primeiro semestre, traz uma festa vibrante e histórica.
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No entanto, Veneza enfrenta desafios contemporâneos, como a ameaça de extinção devido ao aumento das marés e ao aquecimento global. Esta cidade mágica é uma joia vulnerável que precisa ser protegida e apreciada.
Bem-vindo a Veneza!
Welcome to Venice!
Benvenuti a Venezia!
Continente: Europa
País: Itália
Região: Veneto
Capital da região do Veneto
População: 258.700 (2020)
Moeda: euro
Língua: italiano
Fuso horário: 4h a mais de Brasília (GMT+2)
Altitude: 1m
Fundação: século V
Um pouco de história
Veneza, fundada no século V, teve sua origem durante as invasões dos bárbaros germânicos e hunos, um período em que o Império Romano começava a enfraquecer. Esse cenário forçou os habitantes das regiões de Vêneto, especialmente de locais como Pádua, Aquileia e Altino, a buscar refúgio na lagoa pantanosa, que abrigava diversas ilhas. Com o passar do tempo, no século X, várias dessas ilhas já abrigavam comunidades estabelecidas, criando uma base sólida para o crescimento da cidade.
Ao longo dos séculos, Veneza floresceu e se tornou um importante polo comercial no nordeste da Itália. Especialmente entre os séculos XIII e XVII, a cidade desempenhou um papel crucial no comércio, proporcionando prosperidade para seus habitantes. O ano de 1170 marca um marco importante, com a construção das primeiras pontes de pedra que interligavam as ilhas através dos canais.
Graças à sua localização geográfica estratégica entre o Oriente e o Ocidente, Veneza ascendeu ao status de principal potência comercial da Europa durante o século XIII, acumulando considerável riqueza. Esse sucesso comercial não apenas trouxe prosperidade financeira, mas também estimulou o desenvolvimento cultural, musical e artístico da cidade.
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O apogeu de Veneza ocorreu na metade do século XV. Entre os séculos VII e XVIII, a cidade foi governada pelos Doges, o líder máximo também conhecido como “dux Veneciarum”, que desempenhava o papel de chefe dos venezianos. Esses Doges exerceram o papel de primeiro magistrado da República de Veneza, desde os primeiros dias da cidade até sua evolução para uma república consolidada. A Sereníssima República de Veneza, um Estado dentro da Itália, prosperou entre os séculos IX e XVIII, sendo o Palácio Ducal, também chamado de Palácio dos Doges, localizado na Praça de São Marcos, um símbolo central desse período.
No entanto, a decadência da Sereníssima República de Veneza foi influenciada por três fatos principalmente. A queda de Constantinopla em 1453, a descoberta do Caminho das Índias por Vasco da Gama em 1498 e o descobrimento da América por Cristóvão Colombo em 1492 foram eventos cruciais que impactaram significativamente a posição de Veneza. Além disso, conflitos prolongados com o Império Turco-Otomano. Em face destes eventos, mudança nas rotas comerciais marítimas contribuíram para os prejuízos econômicos da cidade.
Após as Guerras Napoleônicas, no início do século XIX, o tratado de Campofórmio resultou na divisão do território de Veneza entre a França e o Império Habsburgo (Austríaco). Foi somente em 1866 que Veneza se tornou parte integrante do Reino da Itália, marcando um novo capítulo em sua história.
Veneza desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da música sinfônica e da ópera. A cidade é a terra natal do renomado compositor barroco Antônio Vivaldi (1678-1741), responsável por criar diversas obras musicais, incluindo a famosa composição para violino e orquestra, “As Quatro Estações”. Ao longo dos anos, edificações que ostentam estilos arquitetônicos renascentistas e góticos contribuíram para o esplendor dessa cidade única.
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Na Idade Média, a República de Veneza ascendeu como uma potência marítima devido à sua crescente expansão para o Mar Adriático e o Mar Egeu. Essa expansão estratégica resultou em Veneza se tornando um porto de escala vital para as Cruzadas e, simultaneamente, consolidou sua posição proeminente no comércio de seda, fibras e especiarias.
No período áureo de Veneza, vários pintores se destacaram com suas contribuições artísticas significativas. Entre eles, um nome brilha: Ticiano, também conhecido como Tiziano (1487/90-1576), figura proeminente da escola veneziana durante o Renascimento.
Em 1846, foi erguida a ponte ferroviária que conectou a ilha ao continente. Já em 1933, a Ponte della Libertà foi construída, com cerca de 3850 metros de comprimento, estabelecendo uma ligação entre Veneza Mestre e a Praça de Roma, facilitando o acesso viário à cidade de Veneza.
Por que o nome Veneza?
O nome da cidade remonta ao antigo povo que habitava a região, os Veneti, que viveram por volta do século X a.C.
Curiosidade
O diminutivo de Veneza deu origem ao nome do país Venezuela, que significa pequena Veneza.
Economia
A principal fonte de renda da cidade nos dias atuais deriva do turismo. O mundo das viagens sempre dirigiu um olhar especial a Veneza, que é verdadeiramente um museu a céu aberto. Um dos desafios que assombram a humanidade é a ameaça de desaparecimento de Veneza devido ao aquecimento global. Um mito recorrente associado à cidade é o seu suposto mau odor. No entanto, isso não é verdade. O que ocasionalmente acontece é que, no verão, quando a maré baixa, as algas na lagoa entram em contato com a atmosfera e se decompõem, causando o mau cheiro.
Outra preocupação, especialmente para as autoridades locais, é o número incalculável de viajantes que visitam a cidade diariamente, causando diversos impactos negativos. Medidas para controlar o fluxo de turistas já estão sendo implementadas.
Onde fica Veneza?
Localizada no nordeste da Itália, encontra-se na região pantanosa da Lagoa de Veneza, que se estende ao longo da costa entre as desembocaduras dos rios Po e Piave, nas proximidades do Mar Adriático.
Como chegar em Veneza?
Avião, carro, ônibus e trem.
O aeroporto principal de Veneza é o Aeroporto Marco Polo, localizado a 8 km da cidade. Além disso, é possível acessar a cidade pelo Aeroporto de Treviso, situado a 40 km de distância. Ambos os aeroportos recebem voos de várias cidades da Itália e da Europa. No entanto, não há voos diretos do Brasil para Veneza, sendo necessário realizar conexões para alcançar o destino.
A principal estação de trem é a Estação Santa Lúcia, que conecta as ilhas venezianas com outras cidades italianas. A estação é servida por diversas linhas provenientes de várias cidades da Itália e da Europa. Para verificar horários e tarifas, você pode consultar os seguintes sites: TGV Europe e Ferrovie dello Stato.
Carros não são permitidos em Veneza, uma vez que não há tráfego de veículos na cidade. Ao chegar à cidade, os viajantes precisam deixar seus veículos em estacionamento. Ao cruzar a Ponte da Liberdade, existem três opções de estacionamento: a Garagem San Marco, localizada na Piazzale Roma; a Garagem Autorimessa Comunale, também na Piazzale Roma; e a Garagem Tronchetto, situada na ilha de Tronchetto. Antes de atravessar a ponte, há estacionamentos mais econômicos disponíveis. No entanto, nesse caso, é necessário pegar um ônibus que o levará até a Piazzale Roma.
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A Piazzale Roma encontra-se após a Ponte da Liberdade, vindo do continente, sendo o último ponto acessível de carro ou ônibus. Essa praça está localizada próxima à Estação de Santa Lucia. Na Piazzale Roma, encontra-se a estação de vaporetto, que é um tipo de barco público. Essa embarcação pode levar os visitantes aos principais pontos turísticos de Veneza, bem como a algumas ilhas próximas, como Murano e Lido.
Na Piazzale Roma, também está localizada a parada final de ônibus provenientes de Veneza Mestre, bem como dos aeroportos de Marco Polo e Treviso.
Para chegar à cidade de Veneza, existem diversas linhas de ônibus intermunicipais disponíveis. Embora seja uma opção mais econômica em comparação ao transporte de trem, a viagem de ônibus tende a ser significativamente mais longa, geralmente levando o dobro do tempo. Por exemplo, a jornada de Roma a Veneza de ônibus pode levar cerca de 9 horas, enquanto de trem dura aproximadamente 4 horas.
Como se locomover em Veneza?
A pé ou vaporeto.
Sem dúvida, a melhor maneira é a pé. Os visitantes podem explorar as pequenas ruelas e atravessar as pontes sobre os canais a pé.
O vaporetto, que é semelhante a um ônibus-barco, é o principal meio de transporte público da cidade. Os visitantes podem adquirir bilhetes com validade de 12h, 24h, 48h e 72h. Trata-se do meio de transporte mais econômico em Veneza.
Além dos vaporettos, também existem os táxis aquáticos, que são um meio mais caro, porém mais rápido.
Melhor época para visitar Veneza?
Entre março e junho (primavera) e setembro e novembro (outono) são os períodos ideais para visitar Veneza. No entanto, nos meses de abril e novembro, a cidade costuma enfrentar problemas de alagamento, especialmente na Praça São Marcos, onde os visitantes precisam andar sobre passarelas plásticas para evitar a água.
Carnaval Veneziano
O histórico Carnaval veneziano, após um longo período de ausência das festividades, retornou às ruas estreitas em 1980. As celebrações se estendem por dez dias e os participantes usam trajes típicos do século XVIII, juntamente com máscaras.
Hospedagem
A cidade oferece uma ampla variedade de hotéis. Entretanto, os preços costumam ser elevados. Além disso, é importante considerar que, devido à falta de tráfego de carros e à limitação das embarcações em chegar diretamente às ilhas, se o hotel estiver localizado no interior de uma ilha, os turistas precisarão transportar suas malas até o destino de hospedagem. Por essa razão, os hotéis próximos à estação de trem são bastante procurados pelos viajantes. Os hotéis de maior luxo muitas vezes oferecem serviços de embarcação para buscar e levar os hóspedes juntamente com suas bagagens.
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Gastronomia
Como uma típica cidade italiana, Veneza oferece uma ampla variedade gastronômica, especialmente baseada na renomada culinária do país. Existem opções para lanches rápidos e também para refeições mais sofisticadas. No entanto, assim como em toda Veneza, os preços podem ser elevados.
O Harry’s Bar, uma das referências da culinária veneziana, inaugurado em 1931 e reconhecido como Marco Nacional pelo governo italiano, atraiu ao longo de sua história vários artistas notáveis, como Katherine Hepburn, Gary Cooper, Orson Welles e Ernest Hemingway, entre outros. O cardápio da casa apresenta iguarias como o Carpaccio (prato preparado com carne ou peixe cru, cortado em finas fatias e servido como aperitivo), o coquetel Bellini (feito com suco de pêssego e espumante) e o tradicional chocolate quente.
O que fazer em Veneza?
Ao explorar as ruas sinuosas e os canais deslumbrantes de Veneza, você se depara com essa joia italiana. A cidade é dividida em três partes distintas: Veneza Histórica, Veneza Mestra e suas ilhas. A parte mais turística concentra-se na área histórica, enquanto a parte continental abriga a maioria da população local. Explorar ilhas como Burano, Murano e Torcello oferece uma excelente opção de passeio. Para entender melhor sobre a divisão geográfica de Veneza e suas ilhas, confira nosso blog “Entenda Veneza“.
Aqui estão listadas as principais atrações da cidade dos canais na parte histórica de Veneza.
Praça São Marcos
Ícone da cidade, a Praça São Marcos, juntamente com a basílica, o campanário e o Palácio dos Doges, é um destino imperdível para os turistas. No entanto, eles devem estar preparados para enfrentar as multidões de pessoas. Ligando o Palazzo Ducale ao Prigioni, o primeiro prédio construído para ser uma prisão, encontra-se a lendária Ponte dos Suspiros, construída em Pedra de Ístria.
Biblioteca Marciana
A Biblioteca Marciana, localizada na Praça de São Marcos, é uma das maiores da Itália e abriga uma das coleções mais ricas de manuscritos, mapas e documentos do mundo, incluindo verdadeiras raridades.
Palazzo Ducale
O Palácio é um dos mais renomados em Veneza, apresentando estilo barroco e sendo construído em 1667, com sua fachada branca voltada para o Grande Canal. Atualmente, o edifício abriga o Museu do Século XVIII Veneziano.
Junto ao Palácio Ducale e ao Palácio Ca’ Rezzonico, existe um conjunto de palácios que atrai os turistas pela sua beleza e história, incluindo o Palazzo Barbaro, o Palácio Ca’ d’Oro, o Palácio Contarini del Bovolo e o Palácio Grassi.
Pontes
Além da já mencionada Ponte dos Suspiros, há outras que também atraem os visitantes, como a Ponte dos Descalços, a Ponte da Constituição e a Ponte da Academia. No entanto, nenhuma delas supera em beleza, importância e história a Ponte de Rialto. A ponte, em forma de arco e edificada em 1588 no estilo renascentista, é uma das travessias mais fotografadas do mundo.
Passeio de gôndola
Navegar pelos estreitos canais em gôndolas atrai casais românticos e viajantes. No entanto, os preços cobrados pelos gondoleiros podem afugentar muitos turistas. Em baixa temporada uma dica é se fazer de desinteirado, assim pode conseguir desconto (fomos em março de 2022, conseguimos 20 euros de desconto, não sei se é sempre em baixa temporada que dão, mas não custa tentar).