HISTÓRIA DA ESTÔNIA



A Estônia é um dos três países da República Báltica, juntamente com a Letônia e a Lituânia, situado no norte da Europa. O país faz fronteira territorial com a Rússia e a Letônia. A linha de fronteira entre a Rússia e a Estônia é composta pelos lagos de Pskov e Peipus, sendo este o maior lago da Estônia. A costa é banhada pelo Mar Báltico e pelo Golfo da Finlândia. Ao norte da costa está o Golfo da Finlândia, e no lado oeste encontra-se o Mar Báltico. O país possui aproximadamente 1500 ilhas, muitos lagos e praias rochosas.

Geografia

A capital do país é Tallinn. A Estônia é dividida administrativamente em regiões, cidades e municípios rurais.

A Estônia é dividida em 15 regiões: Harju, com a capital Tallinn; Hiiu, com a capital Kärdla; Ida-Viru, com a capital Jõhvi; Järva, com a capital Paide; Jõgeva, com a capital Jõgeva; Lääne, com a capital Haapsalu; Lääne-Viru, com a capital Rakvere; Pärnu, com a capital Pärnu; Põlva, com a capital Põlva; Rapla, com a capital Rapla; Saare, com a capital Kuressaare; Tartu, com a capital Tartu; Valga, com a capital Valga; Viljandi, com a capital Viljandi; Võru, com a capital Võru.

COSTA BÁLTICA: LITORAL DA ESTÔNIA 1

A Estônia possui mais de 1.400 lagos, a grande maioria de pequeno porte. O relevo é preponderantemente formado por planícies.

História

A região foi ocupada desde três mil anos antes de Cristo, segundo estudos arqueológicos. Os primeiros povos a habitarem a região do Báltico foram as tribos nômades, provavelmente os estios, pertencentes ao grupo étnico fínico. No século XIII, a Igreja Católica organizou uma cruzada para evangelizar os povos do Mar Báltico. Depois de vinte anos de conflito, o território foi dividido entre a Dinamarca, a Ordem dos Livônios e os bispados Dorpat e Ösel-Wiek. A ordem cristã dos Livônios conquistou a maior parte do território.

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A primeira menção que se tem sobre a capital, Tallinn, data de 1219. Em 1248, Tallinn (originalmente chamada Reval) formou um governo autônomo, o qual substituiu o antigo governo monárquico tribal. A cidade chamou-se Reval desde o século XIII até 1917. Com a ocupação nazista (1941 a 1944), a cidade novamente chamou-se Reval. Com a ocupação da União Soviética, a cidade voltou a ser denominada Tallinn.

Passado algum tempo, Reval passou a integrar uma aliança de cidades mercantis situadas na Alemanha, no norte da Europa, nos países bálticos e entre povos com influências germânicas. Esta associação de cidades é conhecida como a Liga Hanseática.

A parte pertencente à Dinamarca apresentou um grande conflito com os vassalos. A vassalagem, sistema próprio do feudalismo, caracterizava-se como um acordo de prestação de serviços recíprocos entre uma pessoa politicamente e economicamente menos influente com outra que era superior. Os estonianos revoltaram-se pela condição de servos, entre 1343 e 1345, promovendo a Revolta da Noite de São João. Os revoltosos estonianos renunciaram ao cristianismo. Neste período, houve várias rebeliões promovidas pelos povos nativos contra os estrangeiros, principalmente alemães. A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos de Santa Maria de Jerusalém, que comandava a Livônia, depois de dois anos de conflitos, pôs fim às revoltas. Na sequência, o território pertencente à Dinamarca foi comprado pela Ordem Teutônica. A partir daí, a Estônia passou a estar sob o domínio teutônico. Desde a cruzada do século XIII até o início do século XX, a classe dominante na Estônia era de origem alemã.

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No século XVI, com o enfraquecimento da Ordem Teutônica, a Rússia passou a ocupar o território. Com receio da expansão russa, Dinamarca, Suécia e Polônia constituíram uma aliança para impedir a progressão do Império Russo sobre territórios pertencentes a essas monarquias. Em 1559, deu-se início à Guerra da Livônia. As forças militares da Dinamarca, Polônia e Suécia foram à guerra para conquistar a Livônia. Os suecos conquistaram o lado norte; os dinamarqueses, as ilhas do Bispado de Ösel-Wiek; os poloneses, o lado sul.

Na sequência, surgiu um novo conflito, a Guerra Nórdica dos Sete Anos (1563-1570). Nesta guerra, a Suécia lutou contra a coalizão da Dinamarca-Noruega, Lübeck (em português, Lubeca; uma cidade independente da Alemanha) e a República das Duas Nações (Comunidade Polaco-Lituana). Como resultado deste conflito, consolidou-se o domínio sueco na região. Os suecos expulsaram os russos e conquistaram as ilhas do Bispado de Ösel-Wiek dos dinamarqueses e o lado sul dos poloneses.

A ocupação sueca contribuiu para o desenvolvimento do povo estoniano. Na época da Ordem Teutônica e do domínio russo, os estonianos eram tratados como servos. No período sueco, foram estabelecidas as primeiras escolas primárias e a primeira universidade.

Após a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648; houve conflitos entre os povos europeus gerados por vários motivos), vários mestres alemães foram ministrar aulas nas academias de Tallinn, contribuindo para a influência germânica sobre a Estônia.

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Entre 1700 e 1721, ocorreu outra guerra na região envolvendo os mesmos atores, a Grande Guerra do Norte. Desta vez, uma coalizão anti-sueca composta pela Rússia, Reino da Dinamarca e Noruega, Saxônia-Polônia e Prússia entrou em conflito. Como resultado, a Rússia conquistou novamente a região da Estônia.

No século XVIII, surgiram várias universidades no país, contribuindo para a formação de uma cultura pátria. O povo estoniano passou a ter o desejo de um país independente. Em 1905, ocorreu a Revolução Russa (considerada o marco inicial da Revolução Russa de 1917). Os estonianos, aproveitando-se da situação, buscaram a independência, mas não tiveram sucesso, sendo reprimidos pelas forças imperiais do czar russo.

O sonho da independência foi finalmente realizado em 1917, após a Revolução Russa, quando as novas autoridades comunistas entregaram ao povo estoniano um território independente. Um dos principais símbolos da nova nação, a República da Estônia, foi a bandeira do país, com as cores azul, preto e branco, onde o azul representa a fé, a lealdade, o lago e o céu; o preto, o sofrimento do povo; o branco, as virtudes e felicidades do povo, bem como a casca da árvore bétula, a neve e a luz do sol.

A Estônia como país independente durou por 22 anos até o início da Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, devido ao acordo entre a Alemanha e a União Soviética (Pacto Molotov-Ribbentrop, também conhecido como Pacto de Não Agressão Germano-Soviético), o território foi ocupado pelas forças socialistas soviéticas em 1940. Com a quebra do acordo por parte dos nazistas, a Estônia foi invadida pelos alemães em 1942, os quais expulsaram os russos. Com o fracasso da ocupação alemã na União Soviética, os nazistas saíram do país báltico, que passou novamente a ser dominado pelas autoridades soviéticas.

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Em 1980, Moscou foi sede dos XXII Jogos Olímpicos de Verão, sendo que a baía de Tallinn foi a sede da vela e do iatismo da competição.

A Rússia dominou a Estônia até 1991. Com o sonho de independência alcançado, a Estônia abriu as portas para o mundo, passando por um alto desenvolvimento econômico e social. A partir de 2004, a Estônia integrou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Hoje, Tallinn é conhecida como a cidade do “Vale do Silício da Europa”, pois possui o maior número de startups (empresas de tecnologia em fases iniciais) per capita no continente. Tallinn é a sede da agência de TI da União Europeia. O famoso comunicador Skype foi criado na capital estoniana.

Cultura, religião, etnia

A maior parte da população é da etnia estoniana, cerca de 70%. A etnia estoniana é de origem fínica. O segundo maior grupo que compõe o povo é formado pelos descendentes russos, com cerca de 25%. Outra parte da população é composta por descendentes finlandeses.

Os germano-bálticos, que historicamente tinham uma presença significativa na composição da população, deixaram o país entre as décadas de 1920 e 1930. Em 1939, após a Alemanha nazista e a União Soviética assinarem o Pacto Molotov-Ribbentrop, que destinou o território estoniano aos soviéticos, houve um grande fluxo de emigração dos descendentes germano-bálticos. Os descendentes suecos também deixaram o país em 1944, quando as forças militares da União Soviética estavam prestes a conquistar o território e expulsar os alemães.

Os estonianos são um dos povos menos religiosos do mundo. Em 2009, uma pesquisa apontou que o país era o menos religioso do mundo. Cerca de 26% da população é ateia. A grande maioria é agnóstica, com 54% da população acreditando na possibilidade da existência de uma ou mais entidades divinas, mas não tendo conhecimento comprovado da existência de Deus. Entre aqueles que acreditam em Deus, a maioria segue o Luteranismo.

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A língua oficial é o estoniano. O russo e o finlandês também são bem difundidos no país. Boa parte da população mais jovem sabe falar inglês.

A arquitetura do país sofreu ao longo da história forte influência dos povos que ocuparam a região. Os padrões germânico, sueco e russo estão presentes em várias edificações no país. Arquiteturas medievais, os estilos socialista realista do estalinismo, barroco, renascentista, clássico, Art Nouveau e o gótico estoniano podem ser apreciados em vários cantos da Estônia, especialmente em Tallinn. A cidade de Tallinn destaca-se pelo seu padrão medieval, a cidade de Narva possui o estilo barroco, a cidade litorânea de Pärnu exibe a arquitetura da década de 1920, e Tartu é uma típica cidade universitária

Economia

Devido ao forte crescimento econômico e social da Estônia, o país é apelidado de Tigre Báltico. Após décadas de estagnação econômica causada pelo regime socialista, o país obteve um rápido desenvolvimento após a independência no início da década de 1990.

Em 2007, a Estônia tentou aderir ao euro. No entanto, essa adoção resultou em um aumento acelerado na inflação. Em 2011, quando a moeda da Comunidade Europeia foi oficializada, a economia já estava estabilizada. A Estônia começou a receber investimento estrangeiro.

Os principais produtos do país são tecnologia da informação e telecomunicações. Destacam-se também no setor primário o cultivo de batata e vegetais, bem como a produção de leite e peixe. O turismo desempenha um papel importante na contribuição para o PIB estoniano.