HISTÓRIA DA SÉRVIA



A República da Sérvia está localizada na parte central da Península dos Bálcãs, no sudeste da Europa. A Sérvia é um país situado no meio do continente europeu, sem acesso ao mar. O sudeste do país é caracterizado por montanhas, enquanto o norte possui um relevo composto por planícies. O ponto mais elevado da Sérvia e da região oeste dos Bálcãs é o pico Midžor (Midzhur), que atinge 2.169 metros de altitude e está localizado nas Cordilheiras dos Bálcãs, na fronteira entre Sérvia e Bulgária.

A região autônoma de Voivodina, localizada ao norte do país, é caracterizada por terras baixas e planas, sendo o local onde os rios Sova e Tisza se encontram com o Rio Danúbio. A capital, Belgrado, está situada na Sérvia Central.

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Belgrado

Distância de Belgrado para Munique: 800 km

Viena: 550 km

Milão: 850 km

Ljubljana: 550 km

Zagreb: 400 km

Sarajevo: 300 km

Bucareste: 500 km

Sofia: 600 km

Altitude média do território sérvio: 442m

 

Geografia

A Sérvia é dividida territorialmente em municípios, cidades e províncias autônomas, além de ser subdividida em distritos. A principal diferença é que os distritos não possuem Assembleia Legislativa. Eles são divisões administrativas controladas por instituições públicas, repartições públicas e o Poder Judiciário. A Sérvia possui 150 municípios, 24 cidades, duas províncias autônomas, 29 distritos e Belgrado. Se considerarmos Belgrado com o status de distrito, a Sérvia tem um total de 30 distritos.

Os distritos estão divididos em três categorias: Distritos da Sérvia Central, Distritos da Vojvodina e Distritos de Kosovo e Metohija. É importante observar que oficialmente, a Sérvia considera os cinco distritos localizados em Kosovo e Metohija (Distrito de Kosovo, Distrito de Kosovo-Pomoravlje, Distrito de Kosovska Mitrovica, Distrito de Peć e Distrito de Prizren) como parte do território nacional sérvio. No entanto, Kosovo declarou sua independência como um país separado.

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Distritos da Sérvia Central (18 distritos): Cidade de Belgrado, com a capital Belgrado; distrito de Bor, com a capital Bor; Braničevo, com a capital Požarevac; Jablanica, com a capital Leskovac; Kolubara, com a capital Valjevo; Mačva, com a capital Šabac; Moravica, com a capital Čačak;  Nišava, com a capital Niš; Pčinja, com a capital Vranje; Pirot, com a capital Pirot; Podunavlje, com a capital Semêndria; Pomoravlje, com a capital Jagodina; Rasina, com a capital Kruševac; Ráscia, com a capital Kraljevo; Šumadija, com a capital Kragujevac; Toplica, com a capital Prokuplje; Zaječar, com a capital Zaječar;  Zlatibor, com a capital Užice.

Distritos de Vojvodina (7 distritos): Banato Central, com a capital Zrenjanin; Bačka do Norte, com a capital Subotica; Banato do Norte, com a capital Kikinda; Bačka do Sul, com a capital Novi Sad; Banato do Sul, com a capital Pančevo; Srem, com a capital Sremska Mitrovica; Bačka do Oeste, com a capital Sombor.

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HISTÓRIA DA SÉRVIA Novi Sad

Novi Sad

A República da Sérvia oficialmente possui duas províncias autônomas: Voivodina e Kosovo e Metohija. O nome oficial de Kosovo, segundo a Sérvia, é Kosovo e Metohija.

Em 2008, Kosovo declarou unilateralmente a independência, estabelecendo Pristina como a capital. O nome oficial é República do Kosovo. Até hoje, a Sérvia não reconhece Kosovo como um país independente, considerando-o uma província autônoma. Kosovo está sob administração da ONU. Atualmente, 109 estados membros da ONU reconhecem a independência de Kosovo, incluindo os Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre outros. No entanto, o Brasil não reconhece o estado de Kosovo.

A Província Autônoma de Kosovo e Metohija é o nome oficial, na legislação interna da República da Sérvia, para se referir ao território do Kosovo, embora tenha declarado independência da Sérvia em 2008.

A divisão administrativa da Sérvia compreende 29 distritos, a capital (Belgrado), uma província (Voivodina) e a província de Kosovo, que está sob administração da ONU.

História

A região dos Bálcãs sempre esteve envolvida em disputas de fronteira com diversas nações. Ao longo da história, devido às diferenças étnicas, culturais e religiosas, os limites territoriais das nações vizinhas nunca foram pacíficos. As disputas geopolíticas na região sempre foram muito polêmicas.

A Europa possui três penínsulas principais: Itálica, Ibérica e Balcãs. No entanto, nenhuma delas se compara à península dos Bálcãs em termos de quantidade de países. Os Bálcãs abrigam uma maior diversidade de nações em comparação com as outras penínsulas europeias.

Desde o período Neolítico, a região já era habitada. Indícios arqueológicos apontam que a ocupação da região remonta ao período entre 6200 a.C. e 4500 a.C.

Na antiguidade, a região era conhecida como Dardânia Unida. Com a colonização romana a partir do século I a.C., tornou-se uma província romana. Em 395 d.C., o Império Romano foi dividido em dois: o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e o Império Romano do Oriente, também chamado de Império Bizantino, com capital em Constantinopla. A maior parte do território dos Bálcãs estava dentro do Império Bizantino, e a região dos Bálcãs funcionou como uma fronteira entre o Império Romano do Ocidente e do Oriente.

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Nesse contexto, o povo sérvio, originalmente politeísta, que habitava a parte oriental da região, foi convertido ao cristianismo ortodoxo sob a influência de Constantinopla. Por outro lado, os povos croatas e eslovenos, originalmente politeístas, foram convertidos ao cristianismo católico.

Os romanos denominaram a região de Belgrado como Singidunum, onde construíram a Fortaleza no topo da cordilheira Terazije, que tem 125,5 metros de altura, próxima à confluência dos rios Sava e Danúbio. Os romanos também deixaram sua marca na Via Militaris (Via Diagonalis), uma estrada romana que seguia ao longo do rio Danúbio, e no palácio Felix Romuliana.

Em 441, a cidade romana de Singidunum (Belgrado) foi devastada pelos hunos, um povo nômade da Eurásia. Além disso, no século V, a região foi ocupada pela tribo germânica dos Godos.

No século VII, estabeleceu-se na região o povo sérvio, originário da Galícia, na Europa Central, que eram adeptos da fé cristã bizantina e do alfabeto cirílico. No século VIII, a Igreja Ortodoxa Sérvia ganhou autonomia, promovida pelo arcebispo São Sava.

Entre 1217 e 1345, o Reino da Sérvia foi estabelecido. Seu primeiro monarca foi Estêvão I Nemânica (1165/1228; reinou de 1199 a 1228). Entre 1346 e 1371, o Império Sérvio sucedeu à era do Reino Sérvio, sendo fundado pelo rei Estêvão Uresis IV (1308/1355), tornando-se um dos maiores impérios da Europa.

Entre 1459 e 1804, a Sérvia esteve sob o domínio do Império Otomano. Durante esse período, muitos sérvios foram convertidos ao islamismo.

Entre 1804 e 1813, ocorreu a 1ª Revolta Sérvia. Em 1815, houve a 2ª Revolta Sérvia. Essas revoltas foram motivadas pelo desejo de independência em relação ao Império Otomano.

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Após a vitória da Sérvia, o país foi controlado pela monarquia da dinastia Miloš Obrenović, com governantes como Miloš Obrenović I (1815/1839), Milan Obrenović II (1839), Miguel Obrenović III (1840/1842 e 1860/1868). O país foi administrado pelo governo dos Defensores da Constituição entre 1842 e 1858.

Entre 1817 e 1878, a Sérvia foi um principado autônomo sob a suserania do Império Otomano. Entre 1878 e 1882, o país tornou-se um principado independente. De 1882 a 1918, a região se transformou em um reino independente. Em 1918, a região de Vojvodina proclamou sua separação do Império Austro-Húngaro, juntando-se ao Reino da Jugoslávia. Essa situação durou até a invasão das tropas do Eixo em 1941. De 1941 a 1945, a Jugoslávia foi ocupada pelas forças do Eixo.

Durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, a Sérvia vivenciou os horrores dos conflitos, incluindo vários bombardeios no país, especialmente na capital, Belgrado, resultando em muitas mortes de sérvios e danos a edifícios históricos.

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Em 1945, após o final da Segunda Guerra Mundial, a Iugoslávia se tornou uma República Socialista Federativa. Com a queda do Muro de Berlim e o colapso do comunismo na União Soviética em 1992, a Jugoslávia foi dividida em várias nações independentes. Quatro repúblicas emergiram como estados independentes no cenário internacional: Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina e Macedônia.

Assim, a partir de 1992, a Iugoslávia se tornou uma federação composta pelo território da Sérvia (incluindo as regiões de Voivodina e Kosovo) e Montenegro. Após a dissolução da Iugoslávia, ocorreram uma série de guerras na região dos Bálcãs durante a década de 1990.

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Entre 1991 e 1995, houve o conflito entre Sérvia e Croácia. A Iugoslávia não reconheceu a independência da Croácia. Esse conflito foi caracterizado pela brutalidade entre duas nações relativamente desenvolvidas do leste europeu.

Entre 1992 e 1995, ocorreu a Guerra da Bósnia na região da Bósnia e Herzegovina. Os sérvios não aceitaram a independência do país, e a Croácia apoiou militarmente as forças croatas da autoproclamada República Croata da Herzeg-Bósnia. O Acordo de Dayton, assinado em Paris, pôs fim à guerra e estabeleceu a Federação Bósnio-Croata (Federação Muçulmana-Croata) e a República Srpska (República Sérvia da Bósnia).

Em 1989, o presidente sérvio Slobodan Milošević reduziu a autonomia de Kosovo, estabelecendo um regime repressivo, com os albaneses sendo em grande parte afastados das indústrias e instituições estatais.

Entre 1998 e 1999, ocorreu o conflito entre Sérvia e Kosovo, onde Kosovo lutava pela independência. Durante os combates nesse período e no início do século XXI, várias cidades de Kosovo foram bombardeadas. As forças da OTAN atuaram contra as forças sérvias. Em julho de 1999, a guerra chegou ao fim e Kosovo recebeu uma força internacional de paz. Em 2003, a Jugoslávia mudou de nome e passou a se chamar União Estatal da Sérvia e Montenegro.

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Em 1999, a Sérvia foi alvo de bombardeios por parte da força aérea da OTAN.

Em 2006, o território foi dividido novamente. Montenegro declarou sua independência de forma pacífica, e o nome do país passou a ser República do Montenegro.

Em 2008, Kosovo declarou unilateralmente a independência, estabelecendo Pristina como a capital. Até os dias atuais, a Sérvia não reconhece Kosovo como um país independente.

Hoje, a República da Sérvia é um país independente e em desenvolvimento, não vivenciando mais os antigos conflitos históricos e regionais que marcaram a existência da região.

Curiosidade: O nome do país deriva da palavra “Srbija,” que, em sérvio, significa “terra dos sérvios.”

Religião, etnia

A religião predominante é o cristianismo ortodoxo, abrangendo aproximadamente mais da metade da população. O islamismo ocupa o segundo lugar, com cerca de 18% da população. Mais de 10% dos sérvios não têm religião, enquanto aproximadamente 10% seguem a fé cristã não ortodoxa. Há também um pequeno percentual de ateus e judeus.

A grande maioria da população é de etnia sérvia.

O idioma oficial é o sérvio, e o país possui dois alfabetos oficiais: o cirílico e o latino.

Curiosidade:

A origem do alfabeto cirílico remonta a Santo Cirilo (827/869) e seu irmão Metódio (826/825), ambos nascidos em Tessalônica, Grécia, que dedicaram suas vidas ao ensino do cristianismo. Eles desempenharam um papel crucial na disseminação do Cristianismo entre os povos eslavos. Como missionários cristãos bizantinos, criaram o alfabeto que hoje é conhecido como o alfabeto cirílico para transcrever a Bíblia nas línguas eslavas. O nome do alfabeto foi dado em homenagem a Santo Cirilo. Inicialmente, o alfabeto cirílico foi difundido na Bulgária. Por essa razão, alguns estudiosos argumentam que o nome correto deveria ser “alfabeto búlgaro”.

Economia

O centro político, administrativo e financeiro do país está localizado na capital, Belgrado.

Belgrado é o principal centro financeiro, administrativo e político do país. A economia da Sérvia é a 87ª maior do mundo, com os serviços representando aproximadamente 60% do PIB, o setor secundário contribuindo com 32% da formação do PIB e o setor primário respondendo por cerca de 8% do PIB. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Sérvia é classificado como alto, com um valor de 0,735.

Aproximadamente 58% do território sérvio é destinado à agricultura, enquanto a cobertura florestal abrange cerca de 32% do solo. Os principais recursos naturais incluem petróleo, minério de ferro, gás, cobre e carvão.

O custo de vida não é alto na Sérvia. A moeda local está bastante desvalorizada em relação ao euro, tornando o país um destino econômico para viajar, comparado a outros na Europa.

A economia da Sérvia está em constante crescimento, e o setor de turismo tem contribuído para o aumento do PIB nacional.

A Sérvia ainda não faz parte da Comunidade Europeia.

O país enfrenta problemas ambientais, incluindo a poluição do ar, principalmente na capital, e a poluição das águas dos rios causada pela atividade industrial.